AML congratula-se com decisão da Câmara de Famalicão e levanta questões sobre a defesa do meio ambiente

3 de setembro, 2004
Edifício das Lameiras - Vila Nova de Famalicão

A AML congratula-se com a medida anunciada pela Câmara Municipal de V. N. de Famalicão que visa beneficiar as famílias mais numerosas e com poucos recursos económicos e também as IPSS, alterando o Regulamento de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais, fazendo baixar o preço destes serviços.

No Aglomerado Habitacional das Lameiras, na cidade de Famalicão, vivem bastantes famílias com poucos recursos económicos que, certamente, não deixarão de recorrer a tão importante medida. Ao ser definido no novo regulamento a atribuição de uma tarifa mais acessível a aplicar às instituições de solidariedade social existentes no concelho, por pequena que seja, esta também irá contribuir para ajudar estas instituições na sua missão de servir aqueles que mais dificuldades têm.

No entanto, para a AML, não chega baixar o preço da água para as famílias mais pobres. É necessário que esta medida seja acompanhada de outras iniciativas que ajudem as pessoas a poupar água. Não deve ficar a ideia de que por esta ser mais barata se possa gastar mais. Daí, a importância de se investir cada vez mais em campanhas de sensibilização para a preservação do meio ambiente, protecção das nascentes, dos rios, dos lençóis freáticos e fontanários públicos.

O que se passa nas ribeiras e rios que nascem ou cruzam o Concelho de Famalicão, a este nível é deveras alarmante. Ainda existe um longo trabalho a fazer, para que os peixes possam voltar aos estuários, a população possa desfrutar de águas e praias fluviais limpas e com qualidade. Os cheiros nauseabundos que a população da zona nascente da cidade e os utentes do Centro Social, do Jardim de Infância, da Escola Básica e da Escola Superior de Saúde, têm que suportar em determinados dias da semana, logo pela manhã, fruto de descargas ilegais de detritos, feitas ao raiar do dia, provenientes de cisternas anónimas, fossas particulares e industriais, para os rios Talvai e Pelhe, não auguram nada de bom para a defesa e preservação dos cursos de água da cidade. É urgente a tomada de medidas que protejam os cursos de água destes atentados à saúde pública.